Um ex-polícia do estado norte-americano do Kentucky foi considerado culpado de violar os direitos civis de Breonna Taylor, uma mulher afroamericana morta na sua própria casa em 2020.
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Brett Hankison, de 47 anos, arrisca prisão perpétua depois de ter sido condenado por uso excessivo de força contra a mulher de 26 anos. No entanto, o júri considerou-o inocente de outra acusação de violação dos direitos civis de um dos vizinhos de Taylor. Foi a terceira vez que Hankison foi julgado no caso.
O veredicto marca a primeira vez que um oficial foi condenado na operação mortal de 13 de março de 2020.
Os procuradores queriam que Hankison fosse imediatamente detido, mas o pedido foi rejeitado pelo juiz, de acordo com a BBC, que cita a imprensa local.
A acusação acusou Hankison de privar Taylor do direito de estar livre de apreensões injustificadas e de privar os seus vizinhos do direito de estar livres da privação de liberdade sem o devido processo legal.
O ex-polícia disse que disparou 10 vezes contra o apartamento da mulher para proteger outros agentes quando o namorado de Taylor abriu fogo na altura em que os polícias arrombaram a porta.
Hankison foi o primeiro dos quatro polícias acusados no caso a enfrentar um júri. Outro ex-polícia, Kelly Goodlett, declarou-se culpado de falsificar o mandado de busca para a casa de Taylor. Os restantes dois polícias viram as suas acusações federais rejeitadas por um juiz no início do ano. O Departamento de Justiça dos EUA indiciou recentemente os dois por novas acusações.
Taylor foi morta depois de polícias à paisana terem executado um mandado de busca na sua casa. Invadiram o apartamento às primeiras horas da manhã, enquanto a mulher e o namorado, Kenneth Walker, dormiam. As autoridades acreditavam que o ex-namorado de Taylor estava a usar a casa dela para esconder narcóticos. Walker disparou um único tiro quando derrubaram a porta, atingindo um polícia, o sargento John Mattingly, na perna. Walker disse que os agentes não se anunciaram como polícias e pensou que eram intrusos. Em resposta, os três polícias dispararam 32 balas contra o apartamento.