Tomohiro Kato cometeu um dos assassinatos em massa mais chocantes da história recente do Japão. Em 2008, Kato matou sete pessoas naquele que foi um crime "sem um pingo de humanidade", segundo o tribunal. Kato foi condenado em 2011 e, oito anos depois, executado.
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Tinha 25 anos quando conduziu um camião em direção a uma multidão de pessoas por volta do meio-dia, no distrito comercial de Akihabara, matando três pessoas. Kato esfaqueou também outros quatro peões com uma adaga. Foi detido pela polícia no local e, no julgamento, justificou o crime por ter sofrido bullying online.
Na altura da detenção, em declarações à polícia, Kato confirmou que só queria matar. "Vim a Akihabara para matar pessoas. Não importava quem ia matar". Durante o julgamento, os procuradores afirmaram que Kato era um jovem perturbado, que publicava várias vezes em fóruns online a sua repulsa e raiva pela sociedade.
Agora, o Japão revelou que ordenou a execução do assassino. "O caso foi julgado na íntegra nos tribunais e a conclusão final dos tribunais foi a sentença de morte. Tive o maior cuidado possível ao considerar este caso", disse o ministro da Justiça Yoshihisa Furukawa, em conferência de imprensa. "Uma vez que não há fim para os crimes hediondos, lamento que a pena de morte continue a ser necessária. Por conseguinte, a abolição da pena não é apropriada". Kato foi executado no Centro de Detenção de Tóquio.
O Japão é um dos poucos países desenvolvidos que ainda aplica a pena de morte. A execução de Kato foi a primeira este ano. As últimas ocorreram em dezembro de 2021, onde foram executados três prisioneiros. No corredor da morte ainda se encontram 100 reclusos. O Japão retomou as execuções quando o primeiro-ministro Fumio Kishida chegou ao poder no final de 2021. Antes disso, o país não tinha levado a cabo qualquer execução durante dois anos.