Uma equipa independente de investigadores acredita ter identificado o "Assassino do Zodíaco", um criminoso que está no centro de um dos mais infames casos na História dos EUA, por resolver há 52 anos.
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O "Assassino do Zodíaco" está associado a cinco homicídios na Baía de São Francisco, entre 1968 e 1969. Duas vítimas escaparam e suspeita-se que muitos outros crimes terão sido cometidos pela pessoa que reclama ter sido o autor de 37 mortes.
Em 1969, o criminoso contactou o jornal "San Francisco Chronicle" e telefonou à polícia, identificando-se apenas como "Zodíaco". Frequentemente ameaçava com mais crimes caso os jornais não publicassem mensagens encriptadas que enviava às autoridades. No total, foram recebidas quatro mensagens, uma das quais revelaria a sua identidade, mas o código nunca foi decifrado.
Agora, de acordo com a "ABC", o grupo Case Breakers, uma equipa com mais de 40 antigos detetives, jornalistas e agentes de informações militares, acredita ter identificado o assassino. O seu nome: Gary Francis Poste, um piloto e pintor de casas que morreu em 2018.
Esta teoria baseia-se parcialmente na semelhança entre Poste e os esboços da polícia, feitos em 1969, como é o caso das cicatrizes na testa. Além disso, segundo Jen Bucholtz, membro da equipa e ex-agente da contraespionagem do Exército, os anagramas decifrados das cartas enviadas às autoridades confirmam essa possibilidade.
Nas provas que suportam a teoria do grupo, incluem-se um relógio respingado de tinta comprado numa base militar e encontrado pela polícia depois de um dos assassinatos e uma pegada parcial deixada por um calcanhar do mesmo estilo e tamanho de sapato encontrada em três outros locais do crime.
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Apesar de este nome ter sido revelado, isto não significa que Gary Francis Poste seja realmente o assassino procurado há meio século. De acordo com a "CNN", o Departamento de Polícia de São Francisco confirmou que este caso ainda é uma investigação aberta. "Não podemos falar sobre possíveis suspeitos, pois esta ainda é uma investigação aberta", disse.
Também o FBI, que tem apoiado as autoridades locais na investigação, também não reconhece as alegações. "O caso do Assassino do Zodíaco permanece aberto. Não temos nenhuma informação nova para partilhar no momento", afirmou aquela agência federal.
Os crimes do assassino do Zodíaco
Apesar de o criminoso ter dito que matou 37 pessoas, há apenas cinco vítimas associadas a ele. Os crimes começaram com David Faraday, de 17 anos, e Betty Lou Jensen, de 16, que estavam num encontro em dezembro de 1968, quando foram baleados numa estrada remota nos arredores de Vallejo, no nordeste de São Francisco.
Meses depois, a 4 de julho de 1969, outro casal foi atacado num parque de estacionamento remoto perto de Vallejo. Darlene Ferrin, de 22 anos, foi atingida com cinco tiros e morreu, mas Michael Mageau, de 19, sobreviveu, apesar de ter sido baleado quatro vezes, tendo conseguido dar à polícia algumas informações sobre a aparência do assassino.
Cecelia Shepard, de 22 anos, e Bryan Hartnell, de 20, que foram ambos esfaqueados várias vezes perto de um lago em Napa em setembro de 1969. Hartnell sobreviveu ao ataque.
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A última vítima foi o taxista Paul Stine, de 29 anos, que foi atingido com um tiro na cabeça num bairro de São Francisco no mês seguinte. O Assassino do Zodíaco reivindicou esse crime ao enviar algumas roupas ensanguentadas ao jornal "San Francisco Chronicle".
Ao longo dos anos, têm surgido várias teorias em relação à identidade do assassino do Zodíaco - incluindo um filho que alegou que o criminoso era o seu falecido pai e outro homem que alegou que um amigo seu confessou ter cometido os crimes antes de morrer em 2002.
No entanto, o único homem citado como suspeito foi Arthur Leigh Allen, de Vallejo, Califórnia, que morreu em 1992, um mês depois de ser identificado pela vítima sobrevivente Michael Mageau. Apesar de ter sido questionado sobre o assassinato de Cecelia Shepard, em Napa, e a polícia ter feito buscas na sua propriedade na década de 1970, o homem nunca foi preso.
Desde então, o mistério tem permanecido sem solução.