A Cruz Vermelha congolesa anunciou hoje, sábado, que 221 pessoas morreram, ontem à noite, no leste do Congo, numa explosão de um camião cisterna atestado de gasolina que incendiou uma aldeia. Entre as vítimas, há 61 crianças.<br />
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"Até agora, o acidente provocou 200 mortos. É um balanço provisório. Temos pessoas no local, as buscas continuam", dizia, inicialmente, Leonard Zigade, responsável da Cruz Vermelha congolesa para a província de Sul-Kivu, no leste do país.
Anteriormente, uma fonte do Governo provincial do Sul-Kivu tinha afirmado que pelo menos cem pessoas teriam morrido devido à explosão.
Uma fonte da segurança da Missão da ONU para a Estabilização do Congo (Monucso) referiu "223 mortos e 110 feridos" devido à explosão.
"De certeza que o balanço vai ser mais pesado", adiantou esta fonte, que pediu para não ser identificada, sublinhando que as buscas para "encontrar outros corpos calcinados" continuavam em curso.
A aldeia de Sange localiza-se a cerca de 70 quilómetros a sul de Sukavu, capital da província de Sud-Kivu, perto da fronteira com o Burundi.
Um oficial da polícia congolesa em Bukavu confirmou que tinham sido ardido dezenas de casas em Sange, construídas maioritariamente com adobe e cobertas de palha, na sequência do acidente do camião-cisterna, que terá resultado de "excesso de velocidade".
"Ainda não temos o balanço exacto, mas pode ultrapassar a centena de mortos. Actualmente, o luto é total em Sange", tinha indicado esta fonte que pediu para não ser identificada, sublinhando que "estavam muitas crianças" presentes no momento do acidente.
A Missão da ONU na República Democrática do Congo disponibilizou três helicópteros MI 17 para evacuar o local do acidente e os hospitais que possui em Uvira e Bukavu para acolher feridos.