Uma viatura armadilhada explodiu num posto de controlo militar perto do palácio presidencial da Somália, na capital, provocando pelo menos cinco mortos.
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Os explosivos foram detonados após os soldados terem tentado deter a viatura, com o condutor suicida a acelerar em direção à barreira de segurança, referiu o capitão Mohamed Hussein citado pela agência noticiosa Associated Press (AP). Três outras pessoas ficaram feridas, acrescentou.
Uma testemunha, Ahmed Ali, disse ter visto os corpos de dois soldados após a deflagração.
Este posto de controlo é uma das diversas barreiras de segurança que os motoristas têm de atravessar antes de alcançarem o fortemente guardado palácio presidencial, onde já ocorreram diversos ataques do grupo jiadista Al-Shabab, com ligações à al-Qaeda.
O ataque não foi reivindicado de imediato, mas o Al-Shabab tem reivindicado com frequência os atentados bombistas em Mogadíscio.
O ataque bombista surgiu algumas horas após o novo primeiro-ministro ter anunciado o seu novo Governo com 26 membros, e quando o frágil governo central tenta estender a sua influência para além da capital.
As ameaças de ataques do Al-Shabab são o principal desafio para o novo presidente da Somália e ex-primeiro-ministro, Mohamed Abdullahi Mohamed, de dupla nacionalidade somali e norte-americana, que elegeu a segurança como a prioridade neste país do Corno de África.
O grupo jiadista já denunciou o novo presidente como um "apóstata" e avisou os somalis que o apoiarem no seu mandato.
O Al-Shabab, apesar de ter sido repelido da maioria das cidades e vilas do país, na sequência de uma ofensiva multinacional de forças somalis e da União Africana, continua a promover ataques mortíferos, muitos com bombistas suicidas, incluindo em Mogadíscio.