Um carro-bomba explodiu, esta quinta-feira, nos subúrbios de Beirute, a capital do Líbano. A explosão atingiu o bastião do movimento radical xiita libanês Hezbollah e matou pelo menos 20 pessoas, deixando centenas feridas. Algumas pessoas ficaram presas dentro do edifício.
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De acordo com um porta-voz do exército libanês à agência noticiosa francesa AFP, a explosão ocorreu nos subúrbios de Bir El-Abed e Bir El-Abed, sul de Beirute, e foi provocada por um carro armadilhado.
Segundo a agência Reuters, o atentado matou pelo menos 20 pessoas, embora o Ministro da Saúde, Ali Hassan Khalil, tenha afirmado que os hospitais da capital receberam apenas 16 corpos e 226 feridos.
"Não sei o que aconteceu. Foi como se tivéssemos sido atingidos por um terramoto", contou à Reuters uma das testemunhas, no local.
Imagens divulgadas pelo canal de televisão do movimento xiita libanês Hezbollah mostram danos substanciais em prédios e vários carros em chamas. O canal televisivo Al Mayadeen avançou que algumas pessoas estavam presas dentro do edifício atingido, nas proximidades do complexo de Sayyed al-Shuhadaa, onde o líder do Hezbollah, Sayyed Hassan Nasrallah, se dirige aos seus seguidores.
A explosão aconteceu um mês depois de um carro-bomba ter morto mais de 50 pessoas no mesmo distrito da capital do Líbano, devido a tensões sectárias entre xiitas e sunitas.
O movimento radical xiita libanês Hezbollah, alvo do atentado desta quinta-feira, participa nos combates na Síria ao lado do regime do presidente Bashar al-Assad.
Segundo noticiaram as agências internacionais, um grupo sunita islamita, previamente desconhecido, chamado Brigadas de Aisha, reivindicou responsabilidade pelo ataque e prometeu mais operações contra o Hezbollah. Acredita-se que seja uma célula de rebeldes sírios.
O primeiro-ministro libanês já declarou luto, para sexta-feira, em memória das vítimas.