Uma explosão num complexo petroquímico em Tarragona, na Catalunha, provocou três vítimas mortais e vários feridos. O incêndio causado pelo incidente pôde ser visto a vários quilómetros de distância da cidade.
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O balanço de vítimas foi atualizado esta quarta-feira de tarde, quando um hospital de Barcelona anunciou a morte de um dos feridos em estado crítico na sequência da explosão na terça-feira num complexo petroquímico de Tarragona, elevando para três as vítimas mortais deste acidente.
Fontes do hospital Vall d'Hebron de Barcelona referiram à agência noticiosa EFE a morte desta pessoa, que estava internada na unidade de queimados com queimaduras em 80% do corpo.
Nesta unidade de Vall d'Hebron permanece internada uma segunda pessoa em estado muito grave, segundo as mesmas fontes.
A explosão de um reator na empresa 'Industrias Químicas del Óxido de Etileno' (IQOXE), situada no município de Tarragona, também provocou queimaduras graves a uma terceira pessoa, que se encontra no Hospital Joan XXIII, de Tarragona.
Outras cinco pessoas sofreram ferimentos ligeiros e três tiveram alta hospitalar na terça-feira.
A explosão aconteceu no complexo petroquímico de Tarragona, IQOXE (Indústrias Químicas de Óxido de Etileno), que se dedica à produção de derivados de petróleo. O alerta foi dado cerca das 18.40 horas locais de terça-feira.
A explosão terá causado o colapso de uma casa no bairro de Torreforta, em Tarragona, onde uma pessoa morreu. A outra vítima mortal é um homem que estava desaparecido.
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A Proteção Civil recebeu várias chamadas a propósito do incidente. Foi ainda pedido à população de La Canonja e Vilaseca, na província de Tarragona, para não saírem de casa e para fecharem portas e janelas.
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As autoridades afirmam que a explosão não formou uma nuvem tóxica, embora o caso esteja a ser tratado como um "acidente químico". O incêndio e a coluna de fumo são visíveis a vários quilómetros de distância. As populações das cidades mais próximas terão ainda sentido alguns abalos.
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A empresa IQOXE, segundo o "El Mundo", é a única em Espanha que processa óxido de etileno, utilizado para fabricar polímeros, uma das principais substâncias usadas na produção de plástico, silicone e borracha sintética.
A zona do complexo petroquímico foi isolada: estradas em redor estão cortadas, tal como a circulação de alguns comboios para Tarragona.
O presidente do Governo regional da Catalunha, Quim Torra, o vice-presidente do ministro da Economia e Finanças, Pere Aragonès, e o ministro do Interior, Miguel Buch, estiveram no local.
O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, publicou no Twitter que permanece atento às informações que chegam de Tarragona e que está em contacto com Quim Torra para "prestar o apoio necessário".