O julgamento de uma mulher que alegou ser vítima dos ataques em Paris a 13 de novembro de 2015 está marcado para a próxima quinta-feira, dia 19 de julho.
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Alexandra D., que alegou ter sido afetada pelos ataques no Le Carrillon, um bar parisiense, é acusada de defraudar o Fundo de Garantia das Vítimas de Terrorismo e Outras Infrações (FGTI) em 20.000 euros entre janeiro de 2016 e maio de 2017.
A suspeita esteve no Tribunal Correcional de Paris no passado dia 27 de junho, tendo sido libertada sob controlo judicial e sujeita a cuidados psiquiátricos.
Pouco depois dos ataques reclamados pelo autoproclamado 'Estado Islâmico', a mulher de 32 anos afirmou estar no terraço do Le Carrillon com dois amigos que, de acordo com o seu testemunho, teriam morrido.
Alexandra D. alegou ter sido atingida por um disparo de metralhadora no cotovelo e que a remoção da bala levou a uma cicatriz de seis centímetros.
Membro da associação de apoio às vítimas dos ataques Life for Paris, tinha sido entrevistada e fotografada pela agência noticiosa AFP em novembro de 2017 para um artigo.
Em 13 de novembro de 2015, 130 pessoas foram mortas e centenas feridas numa série de atentados em Paris e Saint-Denis.
Até final de junho de 2018, 15 pessoas tinham sido condenadas por tentativa de fraude.
Em dezembro, um homem que se fez passar por uma das vítimas do ataque de 2015 na sala de concertos Bataclan em Paris, quando não estava na sala no momento do atentado, foi condenado a seis meses de prisão efetiva.
Após o ataque do comando 'jihadista' que provocou 90 mortos, Cédric Rey reclamou uma indemnização junto do Fundo público de apoio às vítimas do terrorismo, mas o seu pedido não foi atendido devido à ausência de provas suficientes.
Em março de 2018, uma mulher de 49 anos, que também integrava a associação Life for Paris, foi condenada a quatro anos e meio de prisão por ter forjado documentos que levaram a que recebesse 25 mil euros em indemnizações.