O filho do primeiro-ministro cabo-verdiano, vítima de uma tentativa de assassínio na terça-feira, já ultrapassou a fase mais crítica de 48 horas após a cirurgia, mas continuará no bloco operatório por segurança, informou, esta sexta-feira, fonte hospitalar.
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Em declaração aos jornalistas, a diretora clínica do Hospital Agostinho Neto (HAN), na Cidade da Praia, Maria do Céu Teixeira, informou ainda que José Luís Neves vai continuar no bloco operatório para poder ter maior vigilância dos médicos e técnicos de saúde.
"Neste momento, o que podemos dizer é que o período mais crítico já foi ultrapassado e até este momento a evolução é satisfatória. Não podemos fazer previsões a longo prazo porque há sempre imponderáveis que escapam muitas vezes ao controlo médico. Mas como está neste momento, achamos que a situação vai evoluir favoravelmente", referiu.
Maria do Céu Teixeira avançou que até agora o filho mais velho do primeiro-ministro cabo-verdiano não apresentou nenhuma complicação, está clinicamente estável e consciente.
"O doente está a evoluir bem e achamos que a situação vai correr lindamente", prosseguiu a responsável clínica do maior hospital de Cabo Verde.
José Luís Neves, de 36 anos, sofreu uma tentativa de assassínio na terça-feira à noite à porta da sua casa, num dos bairros da Cidade da Praia, alegadamente por homens encapuzados, que ainda não foram identificados.
Terá sido atingido por quatro tiros e estilhaços na zona do abdómen e foi transportado para o hospital por vizinhos, que terão ouvido os tiros.
Num comunicado, o Governo informou na quarta-feira que está a trabalhar ativamente com as autoridades policiais e judiciárias no sentido de apoiar a "cabal investigação" e esclarecimento do caso.
José Luís Neves é economista, formado pelo Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG) de Lisboa.
No início do ano deixou o cargo coordenador do Observatório do Emprego de Cabo Verde, após dois anos à frente deste órgão do Governo.