O ministro da Defesa italiano defendeu, na televisão pública, que o naufrágio do "Costa Concordia" foi causado por "um enorme erro humano". Há a hipótese de o navio se ter aproximado da costa para saudar os habitantes da ilha de Giglio através de altifalantes e jogo de luzes.
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É a hipótese que vai ganhando força enquanto a investigação tenta apurar as causas que levaram o navio cruzeiro "Costa Concordia" a encalhar num banco de areia, ao largo da ilha toscana de Giglio: a embarcação poderá ter-se aproximado mais da costa para saudar os habitantes da ilha.
Em Agosto, Sergio Ortelli, autarca da ilha de Giglio, escreveu um email ao comandante de um outro cruzeiro da empresa italiana Costa, agradecendo ter passado perto da costa para saudar os habitantes, dando "um espectáculo único que se tornará uma tradição indispensável".
"A caixa negra do Concordia já está a falar", adiantou Francesco Verusio, procurador de Grosseto encarregue da investigação. "Há uma hora de diferença entre o momento da colisão com o obstáculo (21.45 horas) e o alarme à Capitania (22.43 horas)". Francesco Verusio questiona: "Porque é que o comandante esperou tanto tempo?".
Na televisão pública, o ministro italiano da Defesa o almirante Giampaolo di Paola, não tem dúvidas. "As investigações irão explicar o sucedido mas, neste momento, parece-me óbvio que foi um enorme erro humano".