A decisão foi aprovada pelo presidente do Tribunal Superior Eleitoral e vai abranger 11 dos 27 estados do país.
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A menos de duas semanas das eleições presidenciais do Brasil, que se irão realizar a 2 de outubro, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, aprovou o envio das Forças Armadas brasileiras para 561 municípios, localizados em 11 dos 27 estados do Brasil, como forma de reforçar a segurança das localidades em risco de violência na primeira volta das eleições.
De acordo com a lei, o reforço militar só é autorizado quando o município alerta a justiça dizendo que não tem condições para garantir a segurança dos eleitores, durante o período eleitoral. Deste modo, Moraes atendeu aos pedidos de reforço de segurança realizados pelos Tribunais Regionais Eleitorais (TRE) ao TSE. O plenário do TSE concluiu a análise de todos os pedidos na terça-feira, e divulgou a lista de todos os abrangidos.
De acordo com o jornal Folha de S. Paulo, as equipas de apoio serão enviadas ao Acre (21 municípios e localidades), Alagoas (2), Amazonas (26), Ceará (36), Maranhão (97), Mato Grosso do Sul (8), Mato Grosso (31), Pará (78), Piauí (85), Rio de Janeiro (167) e Tocantins (10).
Para além de fornecerem um reforço necessário na segurança das presidenciais, altura em que a possibilidade de conflitos aumenta exponencialmente, as tropas vão também auxiliar nas tarefas mais logísticas, como a distribuição e o transporte de urnas eleitorais para comunidades isoladas.
As questões de segurança têm sido tratadas cuidadosamente para o momento eleitoral, tendo o TSE já proibido o porte de armas nas assembleias de voto, durante o decorrer do sufrágio e, pelo menos, 48 horas antes.
Em 2018, durante a primeira volta das eleições, a situação foi semelhante à atual, as Forças Armadas foram chamadas para ajudar no reforço da segurança e na logística em 510 municípios e localidades de 11 estados brasileiros.
Segundo dados divulgados na última sondagem do Instituto Datafolha, de 15 de setembro, Lula da Silva mantém a liderança com 45% das intenções de voto, na primeira volta, contra 33% do atual presidente, Jair Bolsonaro.
tse rejeita pedido
O atual candidato a vice-presidente de Lula da Silva, Geraldo Alckmin, pediu ao Tribunal Superior Eleitoral que mandasse retirar os vídeos propagandísticos da campanha eleitoral de Bolsonaro, os quais continham declarações de Alckmin, de 2017 e 2018, referindo-se a Lula como "um condenado por corrupção". O vice de Lula disse ainda que a campanha deveria ser considerada desinformação, por estar descontextualizada e desatualizada no tempo.
O TSE decidiu manter os vídeos, tendo aprovado em unanimidade a decisão da juíza Maria Cláudia Bucchianeri, rejeitando o pedido de Alckmin. O Tribunal justificou a sua decisão considerando que as mudanças de posicionamento político "são naturais do jogo político", referindo, também, que cabe ao eleitor "ponderar sobre os motivos que justificaram as alterações de posição dos candidatos".