Forças israelitas mataram um palestiniano de 22 anos durante uma incursão na Cisjordânia ocupada após o tiroteio fatal para um motorista americano-israelita no início desta semana.
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Mahmoud Jamal Hassan Hamdan morreu de "ferimentos graves infligidos por balas da ocupação israelita" durante um ataque ao campo de refugiados palestiniano de Aqabat Jabr, em Jericó, afirmou o ministério da Saúde, num comunicado à imprensa.
Um porta-voz do Hospital Hadassa, em Jerusalém, informou que chegou morto às instalações no Monte Scopus.
Por sua vez, o exército israelita informou ter "prendido quatro suspeitos, incluindo o terrorista responsável pelo ataque fatal" contra o motorista americano-israelita, de 27 anos, Elan Ganeles, perto de Jericó, na Cisjordânia, território ocupado por Israel desde 1967.
Segundo o exército israelita, soldados dispararam contra duas pessoas que tentaram fugir depois de entrarem no campo de refugiados de Aqabat Jabr, perto de Jericó, e os militares abriram fogo.
Esta ocorrência acontece quando o conflito entre israelitas e palestinianos atravessa uma escalada.
Na noite de domingo, a cidade palestiniana de Huwara, no norte da Cisjordânia, foi atacada e dois jovens israelitas, que viviam num centro judaico na Cisjordânia, foram mortos a tiro dentro do carro, na estrada principal de Huwara.
Centenas de colonos israelitas entraram em Huwara, onde atiraram pedras em casas palestinianas, incendiaram prédios, contentores do lixo e carros, relata a AFP.
O ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, classificou de "intolerável uma situação em que os cidadãos estão a fazer justiça com as próprias mãos", e depois de o ministro da Segurança Nacional, Itamar Ben Gvir, dos prefeitos dos assentamentos e do primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, fazerem declarações semelhantes.
Desde o início do ano, o conflito já custou a vida de 64 palestinianos - incluindo militares e civis, incluindo menores - e 13 israelitas (incluindo menores e forças de segurança) e uma mulher ucraniana, segundo contagem da AFP compilada de oficiais israelitas e fontes palestinianas.
No domingo, as autoridades israelitas e palestinianas anunciaram a promessa de "prevenir mais violência" e trabalhar para "reduzir a escalada", após uma reunião na cidade de Aqaba, na Jordânia.