A fragata portuguesa Álvares Cabral neutralizou hoje um grupo de seis suspeitos piratas somalis no corredor de navegação marítimo internacional do Golfo de Adén, ao largo da costa da Somália.
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Em comunicado, a força internacional da NATO (SNMG1), - de que a Álvares Cabral é navio almirante - indica que a acção teve lugar às 07:22 (03:22 em Lisboa) quando, numa patrulha de rotina, o helicóptero do navio português "identificou visualmente a bordo de uma pequena embarcação diverso equipamento usado em ataques de piratas, nomeadamente uma escada, armas e ganchos de atracagem".
"De imediato a fragata portuguesa rumou ao local onde a embarcação foi avistada de modo a enviar uma equipa para inspeccionar a embarcação e respectiva tripulação e apreender o equipamento de pirataria. Durante a aproximação, apesar dos tiros de aviso disparados a partir do helicóptero, todos os equipamentos e armas foram atirados ao mar pela tripulação da embarcação", pode ler-se.
Militares portugueses acabariam por entrar na embarcação às 08:20 procedendo à "inspecção e identificação dos seis suspeitos piratas", tendo recolhido "diversa informação de interesse operacional".
"Esta acção reforça definitivamente a segurança de navegação nesta área", referiu o comandante da Álvares Cabral, Nobre de Sousa, citado no comunicado.
A embarcação acabaria por ser libertada "com combustível suficiente para chegar a terra em segurança".
A fragata portuguesa Álvares Cabral, que se encontra ao largo da Somália, já tinha impedido um ataque de piratas a 19 de Novembro numa operação que resultou na identificação de cinco suspeitos.
A operação aconteceu quando a fragata estava a patrulhar a zona do Golfo de Aden, ao largo da Somália e recebeu um pedido de socorro de um cargueiro regional.
O navio, que se encontrava a 110 milhas náuticas a norte do porto de Boosaaso e a 50 milhas náuticas do local onde se encontrava a Álvares Cabral, relatou que estava a ser perseguido por uma lancha de piratas e pediu auxílio imediato às 08:44 hora local, segundo a mesma nota informativa.
Da SNMG1 fazem actualmente parte, além da fragata portuguesa, um navio norte-americano (USS Donald Cook) e outro canadiano(HMCS Fredericton).
A missão da Aliança Atlântica, designada "Ocean Shield", tem como objectivo o combate directo à pirataria e a protecção à navegação mercante que cruza a área de operações, numa vasta área ao largo da costa leste somaliana, que se estende do Corno de África às Seichelles, uma das zonas do planeta com maior tráfego marítimo e onde se têm verificado numerosos ataques de piratas a cargueiros e petroleiros.