A França considera o Estado Islâmico, que atua no Iraque e na Síria, um grupo terrorista de uma perigosidade sem precedentes e uma ameaça global, que preocupa também a Europa.
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"Pelo seu poder, pelos seus métodos e pelo seu objetivo, esta organização é ainda mais perigosa que os grupos terroristas precedentes ou atuais", declarou o chefe da diplomacia francesa numa entrevista publicada no diário "Le Figaro".
Laurent Fabius, que inaugura esta segunda-feira, em Paris, a conferência anual dos embaixadores franceses, acrescentou ser uma "ilusão" pensar que a ação do Estado Islâmico (EI) se limitará à Síria e ao Iraque.
"Não esquecemos que os jihadistas do Estados Islâmico se separaram da al-Qaeda porque os consideravam 'demasiado brandos' (...). É uma ilusão pensar que só vão atuar no Iraque e na Síria. Não só na região como em todo o mundo", disse.
A França fornece armas aos curdos para tentar travar o Estado Islâmico e no norte do Iraque contribui também com equipas de socorro e de primeira necessidade mas, por agora, descarta uma intervenção direta como os ataques seletivos perpetrados pelos norte-americanos.