O Governo francês anunciou, esta segunda-feira, que os resultados dos testes feitos a vinte repatriados franceses para despistar infeção por coronavírus deram negativo.
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Os vinte cidadãos franceses em causa chegaram, no domingo, à base aérea de Istres, no sul de Marselha, provenientes da cidade chinesa de Wuhan, foco do novo coronavírus, com sintomas de um possível contágio. A ministra da Saúde francesa, Agnes Buzyn, explicou ontem que os passageiros que apresentassem sintomas iriam ficar na pista da base aérea "sob vigilância de médicos militares", até que chegassem os resultados dos exames.
Em declarações à estação de rádio "France Info", o secretário de Estado da Saúde, Adrien Taquet, disse hoje que, na verdade, tinham sido detetados sintomas que "não tinham nada a ver diretamente com o coronavírus", mas com constipações e outras condições similares.
Mesmo assim, as cerca de 20 pessoas foram transferidas para os dois complexos de quarentena criados em França para os repatriados de Wuhan na região de Marselha.
O Airbus A380, que pousou em Istres, foi o segundo avião a repatriar cidadãos para França, que regista até ao momento seis casos confirmados de infeção por coronavírus. A bordo do aparelho, estavam 258 passageiros, dos quais 65 franceses e os 20 portugueses que entretanto chegaram a Lisboa. Os restantes eram de 29 nacionalidades diferentes, entre os quais 10 mexicanos.
A China elevou hoje para 362 mortos e mais de 17 mil infetados o balanço do surto provocado por um novo coronavírus (2019-nCoV) detetado em dezembro passado, em Wuhan, capital da província de Hubei. Além do território continental da China e das regiões chinesas de Macau e Hong Kong, há mais casos de infeção confirmados em 24 outros países, incluindo Espanha.