Os funcionários de um centro de triagem da Amazon, em Nova Iorque, votaram contra a implementação de uma delegação do Amazon Labor Union (ALU), que no início de abril tornou-se no primeiro sindicato da empresa nos EUA.
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Impulsionado pelo sucesso conseguido no armazém JFK8, no distrito de Staten Island, o ALU ambicionava instalar a sua segunda delegação no centro de triagem 'vizinho', o LDJ5, mas 62% dos funcionários votaram contra.
De acordo com a contagem transmitida online, 618 colaboradores votaram "não" à questão sobre se desejavam ser representados pelo ALU, contra 380 que votaram "sim".
Cerca de 1.633 funcionários, no total, foram chamados a votar a sua decisão na semana passada, tendo 998 comparecido à votação, o que se traduz numa taxa de participação de 61%.
Segundo maior empregador dos EUA, atrás do gigante da distribuição Walmart, a Amazon tinha conseguido, até ao sucesso do ALU no JFK8, repelir as ambições dos funcionários que pretendiam sindicalizar-se desde a sua criação, em 1994.
O sucesso em Staten Island, no entanto, entusiasmou os responsáveis do ALU, que dizem ter sido contactados por representantes de armazéns da empresa de todo o país.
O próprio presidente dos EUA, Joe Biden, fez um forte apelo a favor dos sindicatos, no início de abril, e também os democratas Bernie Sanders e Alexandria Ocasio-Cortez apoiaram o movimento do ALU no centro de triagem LDJ5 nas vésperas da votação.
A empresa, por sua vez, interpôs um recurso dos resultados da votação no JFK8, alegando que os membros do ALU terão "intimidado" os funcionários e acusando a filial de Nova Iorque da agência encarregada de supervisionar a votação de ser parcial.
Movidos pelas atitudes da empresa durante a pandemia de covid-19, particularmente no que diz respeito à proteção de saúde e, mais recentemente, pelo crescimento da inflação, vários grupos de empresas dos EUA estão atualmente a tentar organizar-se sindicalmente.