Oposição acusa Pedro Sánchez de "atuar à margem da UE" e de reduzir o país "à irrelevância internacional", tudo para "esconder os casos de corrupção". Primeiro-ministro socialista desafia conservadores a classificar ações no enclave como genocídio.
Corpo do artigo
Com a Assembleia da ONU como pano de fundo, Portugal, Reino Unido, França, Austrália e Canadá juntaram-se aos mais de 150 países que reconhecem o Estado da Palestina. No seu discurso na conferência para a solução de dois estados, o primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, reivindicou o papel de Espanha nesta nova posição internacional. "A história vai julgar-nos e o veredito será implacável com quem se calou ou olhou para outro lado perante a barbárie. Espanha decidiu atuar e não se calar", disse.
António Guterres já tinha "agradecido" o papel do Governo espanhol, "na primeira linha de defesa dos direitos do povo palestiniano". Espanha reconheceu a Palestina em maio de 2024 e, desde então, assumiu uma postura muito crítica com Israel. Esta semana, o Governo aprovou um real decreto-lei que proíbe a compra e venda de armas com Israel, a importação de produtos provenientes de território ocupado e a circulação em portos e aeroportos espanhóis de barcos e aviões que transportem material de defesa para Israel, entre outras medidas de pressão.