O Governo de coligação do primeiro-ministro italiano, Enrico Letta, obteve, esta quarta-feira, a confiança do Senado com o apoio do líder conservador Silvio Berlusconi, que recuou e pediu, inesperadamente, aos deputados italianos para votarem a favor do executivo.
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O Governo de Enrico Letta conquistou a moção de confiança na câmara alta do Parlamento italiano com 235 votos a favor e 70 contra.
Antes, numa intervenção diante do hemiciclo, o primeiro-ministro advertiu que uma eventual queda do executivo seria "fatal e irremediável" para Itália.
O primeiro-ministro italiano alertou que o país está "extenuado pelos conflitos de uma política reduzida a contínuos confrontos, parada e fechada em si mesma", defendendo no entanto a atuação do Governo de coligação nos últimos cinco meses, que tem trabalhado "apenas no interesse dos italianos".
Momentos antes da votação no Senado, o antigo primeiro-ministro italiano Silvio Berlusconi assumiu uma posição inesperada e pediu aos deputados italianos para votarem a favor do Governo de Enrico Letta. A declaração foi recebida pela assembleia com silêncio e estupefação.
Berlusconi justificou a decisão com os compromissos assumidos por Letta durante o seu discurso no Senado, destacando, entre outras, as medidas de contenção fiscal e a redução dos impostos sobre o trabalho.
"Il Cavaliere", que reconheceu que PDL assumiu esta posição depois de vários mal-entendidos e de ter superado várias dificuldades, destacou que Itália "precisa de um Governo que realize reformas".