Um grupo ligado à al-Qaeda reivindicou, esta sexta-feira, uma vaga de atentados mortíferos cometidos na capital iraquiana na quarta-feira, dizendo que foi uma retaliação após a execução de militantes islâmicos.
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"A nova onda de ataques organizados pelos 'leões sunitas de Bagdade' e de outros países islâmicos é uma resposta aos crimes" do Governo que procedeu à execução de militantes islâmicos, segundo um comunicado do Estado Islâmico no Iraque e no Levante difundido pela Internet.
Mais de 70 pessoas foram mortas na quarta-feira, quando mais de uma dúzia de bombas, a maioria em carros armadilhados, explodiram na capital e seus arredores.
Em 19 de agosto, o Ministério da Justiça anunciou a execução de 17 pessoas, incluindo 16 condenados por "atividades terroristas".
Essas execuções fazem subir para 67 o número de presos condenados à morte desde o início do ano, de acordo com um cálculo feito pela AFP com base em dados fornecidos pelas autoridades.
"A operação ocorreu apesar da presença das forças de segurança, que deslocaram dezenas de milhares de seus burros e outros animais (nota: leia-se polícias e soldados) para Bagdade e arredores, transformando a cidade numa verdadeira prisão para a população", afirma o comunicado.
"O que aconteceu em Bagdade é uma mensagem de vingança pelo sangue dos nossos irmãos e se vocês agirem de novo da mesma forma, faremos o mesmo", alertou o grupo.
As Nações Unidas e várias organizações de direitos humanos pediram, no passado, às autoridades iraquianas para suspenderem a pena de morte.
Recentemente, outras execuções de ativistas islâmicos foram seguidas por ataques.