O grupo paramilitar russo Wagner anunciou esta quinta-feira que encontrou o corpo de um britânico que estava desaparecido desde 6 de janeiro na cidade ucraniana de Soledar, na região de Donetsk (leste).
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Soledar é atualmente o principal foco das batalhas entre os exércitos da Ucrânia e da Rússia, em que também está envolvido o grupo de mercenários Wagner, liderado por Yevgeny Prigojin, um aliado do Presidente Vladimir Putin.
Prigojin disse na rede social Telegram que o grupo Wagner recebeu um pedido para procurar dois britânicos que desapareceram em Soledar na sexta-feira passada.
Na quarta-feira, "o corpo de um deles foi encontrado, juntamente com documentos de ambos os britânicos", disse Prigojin, citado pela agência espanhola EFE.
Prigojin publicou fotografias dos alegados passaportes dos dois britânicos e um "certificado de voluntários" de um deles.
Trata-se de Andrew Bagshaw, 48 anos, e de Chris Parry, 28, que foram vistos pela última vez na sexta-feira, quando se dirigiam para Soledar, segundo a televisão britânica BBC.
A informação divulgada por Prigojin não foi confirmada por outras fontes.
O Governo britânico disse que não dispõe de informações oficiais sobre a alegada descoberta do corpo e que está a apoiar as famílias dos dois voluntários, acrescentou a BBC.
O desaparecimento dos dois britânicos foi conhecido na segunda-feira.
A Polícia Nacional de Donetsk disse, nesse dia, que a sua unidade no distrito de Bakhmut tinha recebido informações sobre o desaparecimento de dois voluntários britânicos no sábado.
"É sabido que no dia anterior, 06 de janeiro, às oito horas da manhã, os homens deixaram Kramatorsk para Soledar e o contacto com eles perdeu-se", acrescentou a polícia.
Parry e Bagshaw estavam na região de Donetsk a ajudar a retirar pessoas da linha da frente, segundo a BBC.
Desde o início da guerra, em 24 de fevereiro do ano passado, muitos estrangeiros foram para a Ucrânia como voluntários para combater ao lado das forças ucranianas ou para trabalho humanitário.
Desconhece-se o número de baixas civis e militares da guerra iniciada pela Rússia, mas diversas fontes, incluindo a ONU, têm alertado que será elevado.