A diplomacia de Moscovo acusou a França de estar a provocar o incremento da guerra na Ucrânia ao demonstrar vontade de enviar carros de combate para as forças militares ucranianas.
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"Qualificamos como irracionais e irresponsáveis os gestos das autoridades francesas, no contexto da crise ucraniana", disse a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Maria Zakarova, numa conferência de imprensa em Moscovo.
Segundo Zakarova, "a decisão de enviar novos abastecimentos para a Ucrânia é um novo passo, provoca uma escalada e, consequentemente, novas vítimas do conflito, incluindo população civil das novas regiões russas, contra as quais já se utiliza armamento francês".
A porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros assinalou que a decisão mostra o "cinismo e a hipocrisia" de Paris, que se tinha comprometido "a não agravar o conflito".
O presidente francês, Emmanuel Macron, confirmou no passado dia 4 de janeiro ao homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky, que a França vai enviar para a Ucrânia veículos blindados (ligeiros), em particular os carros AMX-10 RC (que se movem sobre rodas e não sobre lagartas).
Na altura, o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov disse que não é apenas a França a abastecer a Ucrânia do ponto de vista militar, referindo-se à "Europa coletivamente, à Aliança Atlântica e aos Estados Unidos".