As armas em Gaza vão parar durante 72 horas. Estados Unidos e Nações Unidas conseguiram o acordo entre representantes israelitas e palestinianos. A trégua pode vir a ser alargada nos próximos dias.
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Representantes israelitas e palestinianos chegaram, esta quinta-feira à noite, a um acordo que prevê uma trégua humanitária de três dias.
O anúncio foi feito, em comunicado conjunto, pelo secretário de Estado norte-americano, John Kerry, e pelo secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon.
Durante a pausa na guerra, "as forças no terreno vão permanecer nas suas posições", diz o comunidado. "Apelamos a todas as partes que actuem com moderação até ao início do cessar-fogo humanitário e obedeçam ao compromisso durante a trégua", escrevem.
Esta trégua pode, no entanto, vir a ser alargada. As partes em confronto vão reunir na capital do Egito para negociar um cessar-fogo duradouro.
A ofensiva "Margem Protetora" matou, pelo menos, 1370 palestinianos em 24 dias de conflito, segundo fontes palestinianas, 245 dos quais crianças. Do lado israelita, morreram 53 soldados e três civis.
Esta quinta-feira, mais 13 palestinianos morreram, na Faixa de Gaza, em consequência de ações militares israelitas. Nove foram mortos num ataque aéreo israelita que atingiu uma casa no campo de refugiados de Nousseirat, no centro da Faixa de Gaza, três pessoas morreram em outros ataques ocorridos na zona sul do enclave palestiniano e um corpo foi retirado dos escombros em Khan Younes, também no sul.
Com estas novas baixas, e desde o início da ofensiva militar israelita, a 8 de julho, o número de vítimas mortais entre os palestinianos ascende agora a 1.435.
Na quarta-feira, no mesmo campo de Jabaliya, pelo menos 16 palestinianos, incluindo crianças, morreram num ataque contra outra escola da UNRWA. Os Estados Unidos e a ONU condenaram o bombardeamento da escola em Jabaliya, onde era esperado que três mil deslocados palestinianos estivessem a salvo das bombas.
Apoio internacional
"Com ou sem cessar-fogo", Israel continuará a destruir os túneis que o Movimento de Resistência Islâmica/Hamas usa para lançar, a partir de Gaza, os ataques contra Israel, tinha dito anteriormente o primeiro-ministro israelita.
"Até agora, demolimos dezenas de túneis dos terroristas", afirmou Benjamin Netanyahu, que disse ter o apoio dos principais governos ocidentais para cumprir o objetivo.