A jovem holandesa de 19 anos que foi resgatada pela mãe ao Estado Islâmico compareceu, esta sexta-feira, diante de um tribunal em Maastricht, sul da Holanda, para uma audiência à porta fechada.
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A rapariga, que se converteu ao Islão e que assumiu o nome de Aicha, é suspeita de associação a uma organização terrorista depois de ter viajado para Raqqa, um dos maiores redutos do Estado Islâmico (EI) na Síria, para se casar com um combatente jiadista: Omar Yilmaz, ex-militar holandês de origem turca que chegou a servir os exércitos da Turquia e da Holanda.
O juiz decidiu confirmar e prolongar a prisão preventiva da rapariga, que caso seja condenada pode incorrer de uma pena até 30 anos de prisão.
A mãe, Monique, de 49 anos, que ajudou a filha a regressar à Holanda não é suspeita.
A audiência foi realizada à porta fechada, mas uma audiência pública está prevista dentro de três meses, indicaram funcionários do tribunal, citados pela estação pública britânica BBC.
Mantida em isolamento, Aicha está proibida de falar com os seus familiares, à exceção da mãe, e com a comunicação social.
A adolescente, cujo nome de nascimento é Sterlina, chegou na quarta-feira à Holanda na companhia da mãe Monique, tendo sido detida no aeroporto de Schiphol (Amesterdão).
"Após o seu regresso, Aicha foi detida com base em suspeitas de crimes que ameaçam a segurança do Estado", disse Annemarie Kemp, uma porta-voz do Ministério Público de Maastricht, onde vive a família da adolescente.
Foi através da rede social Facebook que Aicha lançou um apelo à mãe para voltar a casa, depois de se ter separado de Omar Yilmaz.
Monique viajou então para a fronteira da Turquia com a Síria para resgatar a filha, contra os conselhos do governo holandês.