O presidente francês, François Hollande, afirmou, esta sexta-feira, que a França "enfrentou" mas "ainda não pôs fim às ameaças de que está a ser alvo", após três dias de atentados que fizeram 17 mortos e 20 feridos.
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Numa declaração solene transmitida em direto pela televisão, Hollande sustentou que "a França, apesar de estar consciente de as ter enfrentado, apesar de saber que pode contar com as forças de segurança, com homens e mulheres capazes de atos de coragem e bravura, ainda não acabou com as ameaças de que está a ser alvo".
"Venho apelar para a vigilância, a unidade e a mobilização", frisou o chefe de Estado francês.
Na mensagem televisiva à nação, Hollande condenou "o terrível ato antissemita" cometido num supermercado 'kosher' (judaico) em Paris, onde o islamita Amedy Coulibaly se barricou, fazendo vários reféns, quatro dos quais acabaram por morrer.
"Hoje, nessa loja 'kosher', foi cometido um terrível ato antissemita", vincou, acrescentando, sobre a outra tomada de reféns, no norte de Paris, que "aqueles que cometeram tais atos terroristas, esses iluminados, esses fanáticos, não têm nada que ver com a religião muçulmana".
O Presidente francês aproveitou ainda a ocasião para anunciar que participará no domingo na "marcha republicana" que se realiza em Paris, em homenagem às vítimas dos atentados cometidos por extremistas islâmicos nos últimos três dias.
Alguns primeiros-ministros europeus, entre os quais o português, Pedro Passos Coelho; o britânico, David Cameron; o espanhol, Mariano Rajoy; o italiano, Matteo Renzi; e a chanceler alemã, Angela Merkel, e também os dirigentes europeus Jean-Claude Juncker, Donald Tusk e Federica Mogherini já anunciaram a respetiva participação, a convite de Hollande.