Um homem foi detido na noite de terça-feira no âmbito da investigação ao ciberataque que afetou vários aeroportos europeus, incluindo em Bruxelas, Londres, Heathrow e Berlim, anunciaram as autoridades britânicas.
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O homem, de cerca de 40 anos, foi detido no sul de Inglaterra e libertado sob fiança, avançou a Agência Nacional de Combate ao Crime do Reino Unido (NCA, na sigla em inglês), em comunicado, acrescentando que "a investigação está apenas a começar".
A agência adiantou que o suspeito foi detido em West Sussex por suspeita de crimes que envolvem o uso indevido de computadores.
"Embora esta detenção seja um passo positivo, a investigação deste incidente está numa fase inicial e continua em curso", afirmou o chefe da NCA, Paul Foster.
"O cibercrime é uma ameaça global persistente que continua a causar perturbações significativas no Reino Unido", adiantou.
Os aeroportos de Berlim, Bruxelas e Londres têm sido afetados, desde a noite de sexta-feira, por interrupções nos sistemas eletrónicos que perturbaram o check-in e obrigaram a vários cancelamentos de voos, com as companhias aéreas a tentar contornar o problema usando opções como escrever cartões de embarque à mão ou utilizar computadores portáteis alternativos.
O ciberataque afetou o "software" da Collins Aerospace, a empresa norte-americana de tecnologia de aviação e defesa que é um dos maiores fornecedores mundiais de produtos aeroespaciais e de defesa.
Os sistemas desta empresa auxiliam os passageiros no check-in, na impressão de cartões de embarque e etiquetas de bagagem, bem como no envio das suas bagagens.
A empresa admitiu, no sábado, ter sido alvo de uma "interrupção cibernética" no seu "software" em "aeroportos selecionados" da Europa.
A responsabilidade pelo ciberataque não foi ainda atribuída, mas os especialistas afirmam que podem ser "hackers", organizações criminosas ou agentes estatais.
A Comissão Europeia apelou, na segunda-feira, aos Estados-membros para que transponham e coloquem em vigor integralmente a nova diretiva relativa às redes e sistemas de informação (conhecida como NIS2), para tentar evitar ameaças e incidentes cibernéticos.