Homens armados atacam Gorongosa mas sem criar distúrbios nas eleições em Moçambique
Homens armados, supostamente da Renamo, atacaram, esta quarta-feira, a vila de Gorongosa, em Sofala, centro de Moçambique, "mas sem criar distúrbios" aos eleitores, que foram votar nas eleições municipais, disse à Lusa fonte governamental.
Corpo do artigo
O ataque ocorreu às 8 horas da manhã (6 horas em Lisboa) na região de Nhambonde, arredores da vila da Gorongosa, onde a poucos quilómetros se havia instalado o líder da Renamo, Afonso Dhlakama, e que foi desalojado pelo exército para um lugar incerto a 21 de outubro.
"Os disparos iniciaram-se por volta das 8 horas, quase uma hora depois da abertura das urnas, mas não houve alarme, porque o exército governamental repeliu os homens", disse à Lusa Paulo Majacunene, administrador do distrito de Gorongosa, que descreveu como "tranquilas" as eleições locais.
"As eleições estão a decorrer normalmente, e há muita afluência às urnas desde o período de manhã", declarou Paulo Majacunene, assegurando que as pessoas que deixaram a vila por receio dos ataques da Renamo "não vão influenciar muito nos resultados".
O Governo acusou a Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), maior partido da oposição, de ter intimidado a população, com cartas e afixação de panfletos, anunciando que "estariam juntos no dia 20" para provocar abstenções eleitorais.
"Parece que as pessoas estão a afluir com raiva às urnas. Estão muito determinadas", concluiu Paulo Majacunene.
Mais de três milhões de eleitores moçambicanos escolhem hoje presidentes e membros das assembleias de 53 cidades e vilas com estatuto de município no país.