A Renamo está fora da corrida eleitoral "por culpa do Governo", acusa. Segundo o seu porta-voz, Fernando Mazanga, o Executivo recorreu a "medidas dilatórias" durante a negociação da composição dos órgãos eleitorais - CNE e Secretariado Técnico da Administração Eleitoral (STAE) -, o que impediu a inscrição da Renamo. O partido defende que todas as forças políticas deveriam estar igualmente representados naqueles organismos.
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No caso da CNE, a Frelimo tem cinco elementos, a Renamo dois e o MDM um. No STAE, a Renamo não está representada. Fernando Mazanga explica que o facto de o período de inscrição dos partidos não ter sido suspenso enquanto decorriam as negociações impediu a Renamo de concorrer. Mas o porta-voz da Frelimo diz que este é "um falso argumento".
"A Renamo tem tido dificuldade em deixar de ser um movimento armado e em se transformar em partido", frisa. "A culpa da não participação é da própria Renamo". Damião José vai mais longe: "A participação de todos os partidos devia ser obrigatória". Apesar de contestar a forma como o processo foi conduzido, Mazanga diz que o partido nada vai fazer. "O país está a viver momentos difíceis, pelo que qualquer ato da nossa parte poderá não ser bem entendido".