O Presidente da Venezuela, Hugo Chávez, conclui hoje, domingo, a visita de dois ao Irão, para fortalecer a "frente anti-imperialista" e estreitar a cooperação bilateral.
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Chávez será recebido esta manhã em audiência privada pelo líder supremo dos iranianos, o aiatola Ali Kamenei.
Depois, irá à cidade iraniana de Mashad, a mil quilómetros de Teerão, onde hoje o seu homólogo iraniano, Mahmud Ahmanidejad, tem previsto presidir à primeira sessão do novo Conselho de Ministros.
Segundo a agenda, será em Mashad que se realizará a conferência de imprensa e a cerimónia de despedida, antes de partir para o Turquemenistão.
Chávez chegou ao Irão no sábado, na sua oitava visita ao país, onde assinou mais de 200 protocolos de cooperação económica, energética, industrial, cultural e sanitária e renovou com o controverso líder iraniano, com quem tem uma estreita amizade, "a aliança contra o imperialismo".
No sábado, Chávez apoiou o programa nuclear iraniano, afirmando que não há provas de que o país queira construir uma bomba atómica.
Hoje, Israel - que se opõe ao regime iraniano - condenou firmemente "a atitude e as declarações indignas" do Presidente venezuelano sobre o plano nuclear iraniano.
"A atitude e as declarações de Hugo Chávez são indignas do povo venezuelano, um país amigo de Israel", afirmou o porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros israelita, Yigal Palmor.
Segundo Palmor, o presidente Chávez não está à altura da "tradição bolivariana" da história do seu país, fazendo alusão ao líder Simon Bolívar, herói da libertação de vários países latino-americanos no século XIX.
Durante a sua visita à Síria, integrada no seu périplo pelo Médio Oriente, Chávez disse que o "Estado de Israel converteu-se num Estado assassino ao serviço do imperialismo".