A Hungria anunciou a conclusão da barreira de arame farpado, destinada a impedir a entrada de milhares de migrantes concentrados junto à fronteira com a Sérvia.
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"A primeira parte da barreira fronteiriça foi concluída dois dias antes da data limite de 31 de agosto", de acordo com um comunicado do Ministério da Defesa da Hungria.
A barreira, composta por três espirais sobrepostas de arame farpado, ao longo dos 175 quilómetros da fronteira com a Sérvia, não impediu os migrantes de a atravessarem, constatou no local a agência noticiosa francesa AFP.
Um muro de quatro metros de altura, que o exército húngaro já começou a construir, vai completar o dispositivo, disse o Ministério da Defesa.
O projeto, apresentado pelo primeiro-ministro popular, Viktor Orban, recebeu o apoio da maioria do parlamento húngaro a 6 de junho, vai exigir vários meses de trabalho antes de estar totalmente pronto.
A construção desta barreira anti-imigrantes, semelhante a outras erguidas pela Grécia, Bulgária e Espanha nas fronteiras exteriores da UE, foi contestada pela Sérvia, candidato à adesão aos 28. Os postos-fronteiriços vão permanecer abertos.
Nos dois últimos anos, a Hungria tornou-se num dos principais países de trânsito na UE para migrantes que tentam ir para a Áustria ou Alemanha. A maioria é oriunda do Iraque, Afeganistão, Síria e Kosovo.
Esta semana, cerca de dez mil migrantes atravessaram a fronteira entre a Hungria e a Sérvia.
Um milhar de efetivos da polícia de fronteiras está atualmente destacado do lado húngaro e mais dois mil deverão estar operacionais a partir de 1 de setembro, anunciou o governo em Budapeste.