Victor Ianukovitch, dirigente do Partido das Regiões, e Iúlia Timochenko, primeira-ministra ucraniana, vão disputar a segunda volta das eleições presidenciais, anunciou a Comissão Eleitoral da Ucrânia.
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Depois da contagem de mais de 60 por cento dos votos nas eleições de domingo, Ianukovitch obtém 36,38 por cento dos votos, enquanto que a sua mais directa adversária conquista 24,41 por cento.
O banqueiro Serguei Tiguipko aparece em terceiro lugar com 13,22 por cento, seguido de Arsenii Iatseniuk, com 6,84 por cento, e do actual Presidente ucraniano, Victor Iuschenko, com 4,97 por cento.
Victor Ianukovitch, que prometeu normalizar as relações com a Rússia, melhorar os laços com a União Europeia e não permitir a adesão da Ucrânia à NATO, mostrou-se disposto a começar contactos com alguns dos candidatos derrotados depois de conhecidos os resultados definitivos do escrutínio.
Iúlia Timochenko foi mais concreta, tendo já lançado um apelo para a "união de todas as forças democráticas", referindo-se a Serguei Tiguipko, Arsenii Iatseniuk e Victor Iuschenko, para não permitir a eleição de Ianukovitch.
Os analistas sublinham que a posição de Serguei Tiguipko poderá determinar o resultado da segunda volta. Por enquanto, o banqueiro ucraniano afirma não apoiar nenhum dos vencedores.
"As pessoas que me apoiam votaram por mudanças na Ucrânia, pela modernização. Eu hoje não ouço falar dessa modernização, nem Ianukovitch nem Timochenko. Por isso, não haverá apoio nenhum da minha parte a nenhum deles. Direi aos meus eleitores que sejam eles próprios a decidir", declarou Tiguipko ao canal de televisão Inter, depois do anúncio dos resultados das sondagens à boca das urnas.
Segundo a Comissão Eleitoral da Ucrânia, a afluência às urnas foi de 66,68 por cento dos inscritos.