Magdeburgo, na Alemanha, é por estes dias um local de consternação, luto e homenagem.
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Várias pessoas têm deixado velas e várias centenas de ramos de flores em frente à Igreja de São João, em Magdeburgo, perto do local do ataque que provocou a morte a pelo menos cinco pessoas e deixou cerca de 200 feridas, na sexta-feira, quando um condutor abalroou com o carro uma multidão que estava num mercado de Natal. O atacante, o médico saudita Taleb Al Abdulmohsen, crítico do Islão e conspiracionista da "islamização da Europa", foi detido e colocado em prisão preventiva.
Governo promete inquérito a atuação das autoridades
O Governo alemão prometeu, este domingo, abrir um inquérito para clarificar eventuais erros das autoridades relacionados com o ataque contra o mercado natalício de Magdeburgo, após saber-se que receberam informações sobre o suspeito no ano passado.
"As autoridades encarregadas de investigar vão clarificar todos os aspetos do assunto", assegurou a ministra da Administração Interna alemã. Em entrevista ao semanário "Bild am Sonntag", Nancy Faeser adiantou que isso incluirá "um exame minucioso aos indícios existentes no passado e à forma como foram acompanhados".
A própria ministra vai ser ouvida em comissão parlamentar no dia 30, bem como vários altos funcionários, disse uma fonte oficial à agência AFP.
O chefe da Polícia criminal federal, Holger Münch, disse, em entrevista à televisão alemã ZDF, que o seu gabinete recebeu uma dica da Arábia Saudita, em novembro de 2023, que foi seguida pelas "apropriadas medidas de investigação".