A embaixada australiana no Japão emitiu um aviso para que os viajantes se comportassem de forma adequada depois de um influenciador australiano ter bebido oferendas de um cemitério japonês, provocando uma onda de indignação nas redes sociais.
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Lochie Jones, alegadamente um turista australiano, publicou um vídeo a beber de uma lata colocada sobre uma lápide japonesa como oferenda.
Momentos antes, o influenciador atirou uma moeda ao ar para decidir se bebia a lata ou não. Jones foi ainda visto a arrotar em frente ao túmulo.
O vídeo - publicado no mês passado - gerou uma onda de indignação online.
"Os cemitérios são locais sagrados em qualquer país... Quero que (o governo) garanta que ele nunca mais possa entrar no Japão", escreveu um utilizador do X.
Na terça-feira, a embaixada australiana alertou no Facebook que os viajantes devem garantir um "comportamento adequado" ao visitar o Japão, sem se referir explicitamente ao vídeo.
A embaixada, que não respondeu às questões da AFP, escreveu no Facebook que "trabalha em estreita colaboração com as autoridades japonesas para garantir que os viajantes da Austrália respeitem e cumpram as leis e regras locais".
Jones pediu desculpas pelo incidente num vídeo publicado no Instagram na terça-feira.
Influenciador norte-americano preso
Há cerca de um mês, a polícia japonesa prendeu um influenciador norte-americano conhecido como Johnny Somali por alegadamente invadir um local em obras.
Ismael Ramsey Khalid - o seu nome verdadeiro - de 23 anos, usou uma máscara para esconder a cara e gritou repetidamente "Fukushima" para os trabalhadores da construção civil que o instavam a deixar o local, explicaram as autoridades locais à AFP.
Outro vídeo mostra Khalid, que se descreve como uma ex-criança-soldado, a assediar passageiros de um comboio com referências aos bombardeamentos atómicos dos EUA ao Japão em 1945.
Um número sem precedentes de turistas está a afluir ao Japão, mas alguns residentes estão a ficar saturados do comportamento indisciplinado.
No ano passado, uma cidade perto do Monte Fuji montou uma barreira para impedir que as pessoas tirassem fotografias num ponto turístico popular, ao lado de uma loja de conveniência, onde as pessoas se aventuravam no meio da estrada para conseguir a imagem perfeita.