O operador da central nuclear acidentada de Fukushima, Tepco, começou a injectar azoto no reactor 1 para evitar uma possível explosão provocada pela acumulação de hidrogénio.
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"Os trabalhadores começaram a injectar azoto gasoso à 1.31 horas (17.31 horas de quarta-feira em Lisboa). Desde então, o nível da pressão aumentou e eles confirmaram que o gás entrou bem no reactor", indicou um porta-voz da empresa.
Esta operação "de neutralização" deverá durar seis dias para um total de 6 mil m3 de azoto injectado, segundo a Tepco.
A operação agora levada a cabo foi apresentada na quarta-feira como "uma medida preventiva", ligada ao risco potencial da quantidade de hidrogénio continuar a aumentar no reactor 1 até provocar uma explosão por contacto com o oxigénio no ar.
Segundo um gás inerte, o azoto é regularmente utilizado nas zonas de armazenamento sensíveis para fazer cair a taxa de oxigénio no ar e substituir assim uma parte da atmosfera.
A Tepco prevê igualmente injectar azoto nos reactores 2 e 3 nos próximos dias, segundo o porta-voz.
Explosões de hidrogénio já danificaram fortemente o edifício que abriga dois dos seis reactores de Fukushima Daiichi (N.1), sem no entanto atingir o coração da instalação, após o sismo e tsunami de 11 de Março.