Investigação sobre corrupção na Interpol avança com detenção de ex-ministro da Moldávia
A investigação francesa sobre as suspeitas de exclusão de alertas vermelhos da Interpol avançou na sequência da detenção de um ex-ministro da Justiça da Moldávia e antigo presidente da comissão de controlo dos arquivos da Interpol.
Corpo do artigo
Vitalie Pirlog foi detido no domingo nos Emirados Árabes Unidos, avançou esta quinta-feira o ministério do Interior deste país através de uma publicação nas redes sociais, tendo a AFP confirmado a informação junto de fonte judicial francesa.
Com 50 anos, o antigo ministro foi detido na sequência de um mandado de captura internacional emitido por França, no final de janeiro deste ano, apurou também a AFP. Em causa, está uma investigação sobre corrupção dentro da Interpol, que tem sede em Lyon.
Pirlog foi eleito em 2017 para o cargo de presidente da comissão de controlo de arquivos da Interpol e as autoridades francesas suspeitam que o também ex-ministro da Justiça da Moldávia tenha ajudado suspeitos a conseguir pedidos de asilo no seu país de origem, para beneficiarem da suspensão dos avisos vermelhos da Interpol.
Na rede social X, o ministro da Justiça francês, Gérald Darmanin, felicitou as forças de segurança dos Emirados “por prenderem um cidadão moldavo procurado por França no âmbito de um grande caso de corrupção internacional”.
Os avisos vermelhos da Interpol são, de acordo com a informação disponível no site, “um pedido dirigido às forças de segurança de todo o mundo para localizar e deter provisoriamente uma pessoa” que deve ser extraditada ou entregue ao país que emitiu o pedido.
Esta investigação foi aberta no início de 2024, por suspeitas de corrupção de funcionário público estrangeiro e de tráfico de influência por funcionário público estrangeiro.