A juíza encarregada de decidir sobre a prisão do ex-presidente brasileiro Lula da Silva decidiu, esta segunda-feira, enviar a denúncia e o pedido de prisão do Ministério Público de São Paulo para o juiz federal responsável pela operação anticorrupção Lava Jato.
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Maria Priscilla Ernandes, de São Paulo, enviou o processo para Sérgio Moro, abrindo mão do direito de decisão sobre o pedido do Ministério Público estadual por entender que, "como é público e notório, tramita perante aquela vara os processos da chamada 'Operação Lava Jato'", que investiga crimes envolvendo empreiteiras acusadas de pagar subornos em contratos da petrolífera Petrobras.
Segundo a imprensa brasileira, a juíza da 4ª Vara Criminal da capital paulista decidiu também retirar o sigilo do processo contra Inácio 'Lula' da Silva.
O Ministério Público de São Paulo pediu a prisão do ex-presidente numa denúncia sobre um apartamento de três andares em Guarujá, no litoral de São Paulo, que teria sido preparado para a família do ex-chefe de Estado.
Lula da Silva é acusado de lavagem de dinheiro, na modalidade ocultação de património, e falsidade ideológica, enquanto a sua esposa, Marisa Letícia, e um dos filhos do casal, Fábio Luís Lula da Silva, são apenas acusados de lavagem de dinheiro.
No depoimento prestado a 04 de março e disponibilizado hoje na imprensa, o ex-líder brasileiro afirmou que decidiu não comprar o apartamento em Guarujá por considerá-lo inadequado para viver com a família.
A Operação Lava Jato, da Polícia Federal, investiga denúncias de corrupção, branqueamento de capitais e desvio de dinheiro da Petrobras.