Teerão executou, esta quarta-feira, três condenados por tráfico de droga e quatro por violação, num momento em que as Nações Unidas denunciam o aumento da aplicação da pena capital no país.
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Segundo informou a agência de notícias iraniana Mizan, citada pela AFP, os três homens sentenciados à morte pelo Supremo Tribunal eram "membros do grupo de narcotráfico Panjak, o principal cartel de distribuição de cocaína do país".
De acordo com uma nota divulgada pela organização Iran Human Rights, os condenados foram enforcados na prisão de Ghezal Hesar, em Karaj, acrescentando que, para além dos três indivíduos sentenciados à pena capital por tráfico de droga, outros quatro condenados por violação foram enforcados na prisão de Rajai Shahr, também localizada em Karaj.
As execuções realizadas esta quarta-feira ocorreram um dia depois de o alto comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Volker Turk, ter dito que o Irão tem um histórico "abominável" de execuções este ano, com uma média de mais de dez pessoas enforcadas por semana.
Segundo os últimos dados das Nações Unidas, mais de 210 pessoas foram executadas em 2023, referindo a ONU que o número real poderá ser maior. De acordo com a Amnistia Internacional, o Irão executa mais pessoas por ano do que qualquer outro país, com exceção da China.