O ministro da Defesa israelita, Moshe Yaalon, advertiu esta terça-feira num comunicado que Israel "reagirá com força" a qualquer ameaça, depois de um avião de combate sírio ter sido abatido pelo exército israelita nos Montes Golã.
Corpo do artigo
"Reagiremos com força contra qualquer tentativa de ameaçar a nossa segurança e de violar a nossa soberania", afirmou o ministro, após o anúncio pelo exército israelita de que tinha abatido um avião sírio "que se infiltrou no espaço aéreo israelita nos Montes Golã".
Uma fonte militar síria, citada pela televisão estatal, confirmou que um aparelho militar sírio tinha sido abatido, acusando o Estado hebreu de apoiar os 'jihadistas'.
"No quadro do seu apoio aos grupos terroristas Estado Islâmico (EI) e Frente al-Nosra e em violação flagrante da resolução 2170 do Conselho de Segurança da ONU, Israel atacou um avião militar sírio e abateu-o", disse a mesma fonte.
A resolução 2170, aprovada em meados de agosto, visa impedir o recrutamento e o financiamento dos grupos 'jihadistas' na Síria e no Iraque.
"Israel não permitirá a ninguém, seja um Estado ou uma organização terrorista, ameaçar a nossa segurança", insistiu Yaalon no comunicado.
Oficialmente em estado de guerra com a Síria, Israel ocupa desde 1967 cerca de 1.200 quilómetros quadrados dos Montes Golã, que anexou, embora a decisão não tenha sido reconhecida pela comunidade internacional. Cerca de 510 quilómetros quadrados dos Montes Golã continuam sob controlo sírio.
Com a situação de guerra civil na Síria, caem regularmente granadas de morteiro no território ocupado por Israel, não sendo claro se se trata de disparos intencionais.
Em várias ocasiões, Israel decidiu ripostar alvejando bases militares sírias, mas o incidente de hoje foi o mais grave nos Montes Golã desde o início em 2011 da guerra na Síria.