Israel acusou, esta segunda-feira, a flotilha "Global Sumud", composta por dezenas de barcos que partiram das costas de Espanha, Tunísia e Itália com a intenção de entregar ajuda humanitária a Gaza, de ser "apoiada abertamente pelo grupo islamita Hamas".
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"A flotilha para Gaza é abertamente apoiada pelo grupo jihadista Hamas", afirmou o Ministério dos Negócios Estrangeiros israelita na rede social X.
Segundo o Ministério israelita, a flotilha não é humanitária, mas sim uma "iniciativa jihadista" que serve os interesses do Hamas. Na mensagem, as autoridades de Israel afirmaram que o Hamas apelou à mobilização de todos os meios para apoiar a flotilha na sua viagem até Gaza.
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Os organizadores da iniciativa para entregar ajuda à Faixa de Gaza alertaram para a presença de "vários drones" perto dos seus navios. Navegando em águas internacionais, relataram anteriormente dois ataques de drones durante a sua escala na Tunísia, sem causar danos humanos ou materiais.
Em resposta a estes ataques, os peritos das Nações Unidas instaram Israel a "cessar todas as ameaças de danos" contra a flotilha e declararam que qualquer tentativa de a bloquear constituiria "uma grave violação do direito internacional e dos princípios humanitários".
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A iniciativa, composta por ativistas, políticos, jornalistas e médicos de mais de 40 nacionalidades, incluindo portugueses, é considerada a maior flotilha organizada até à data, procurando levar ajuda humanitária ao enclave palestiniano e denunciar o cerco israelita à Faixa de Gaza.
A bordo da flotilha seguem a coordenadora do Bloco de Esquerda, Mariana Mortágua, o ativista Miguel Duarte e a atriz Sofia Aparício.