O Governo israelita decidiu adiar uma ofensiva terrestre na Faixa de Gaza para dar tempo aos esforços de mediação para que seja alcançado um cessar-fogo, informou, esta terça-feira, a imprensa local.
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A decisão foi tomada pelo Gabinete de Segurança, composto pelos nove principais ministros israelitas, que esteve a analisar, até ao início da madrugada, se aceitava a proposta egípcia de tréguas ou apostava em outras opções na sua ofensiva "Pilar de Defesa" em Gaza.
No final da reunião não houve comunicados oficiais, contudo, a imprensa israelita destaca hoje que a decisão de adiar a entrada por terra na Faixa de Gaza deveu-se às fortes pressões de que está a ser alvo o governo de Benjamin Netanyahu, sobretudo por parte de Washington, para que seja encontrada uma saída para o conflito em Gaza, indica a agência noticiosa espanhola Efe.
A ofensiva militar israelita, que entrou hoje no seu sétimo dia, causou já a morte a mais de cem palestinianos e cerca de mil feridos, metade dos quais civis, tendo-se registado ainda a morte de três israelitas, também civis, desde o início desta operação na quarta-feira.
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, chega hoje a Israel, onde se reunirá com Netanyahu e com o Presidente israelita, Shimon Peres, antes de se deslocar à cidade de Ramala, na Cisjordânia, para um encontro com o presidente da Autoridade Nacional Palestiniana, Mahmud Abbas.
A secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, é esperada também na região para apoiar os esforços internacionais de mediação, devendo reunir-se com o chefe do Governo israelita e o mandatário palestiniano, segundo informa hoje a imprensa local.
O Egito espera que Israel e o movimento palestiniano Hamas, no poder em Gaza, alcancem uma trégua nas próximas 72 horas, segundo disse à Efe fonte dos serviços secretos egípcios.