O Exército israelita classificou como "trágica" a morte, esta quarta-feira, de quatro crianças palestinianas na sequência de uma operação que visava militantes da milícia islâmica palestiniana do Hamas.
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O alvo do ataque eram "operacionais terroristas do Hamas", salientou um porta-voz militar israelita numa declaração à imprensa, acrescentando que a anunciada morte de civis foi "um desfecho trágico" dessa operação.
"O Exército não tem qualquer interesse em ferir civis implicados pelo Hamas em combates urbanos", salienta a declaração israelita.
A morte das quatro crianças, que estavam na praia da cidade de Gaza, foi testemunhada por correspondentes da agência France Presse, que acompanharam o ataque israelita a partir de um hotel próximo.
Segundo os jornalistas da agência AFP, o bombardeamento parecia ter vindo da direção do mar, adiantando que várias outras crianças, que ficaram feridas, se refugiaram no hotel.
Com a morte das quatro crianças, o balanço dos nove dias de conflito é agora de pelo menos 220 palestinianos mortos, civis na sua maioria - incluindo 43 crianças - e mais de 1500 ficaram feridos, segundo informações do Ministério da Saúde da Faixa de Gaza.
Na terça-feira registou-se também a primeira morte de um civil do lado de Israel.
Desde 08 de julho, os combatentes do movimento islâmico palestiniano Hamas dispararam mais de 1.200 mísseis contra o território israelita -- que causaram a primeira vítima mortal na terça-feira -- e o exército israelita anunciou ter realizado 1.500 ataques ao enclave controlado pelo Hamas.
