O governo israelita anunciou esta quinta-feira que nenhum dos barcos que seguiam na flotilha humanitária conseguiu romper o bloqueio de Israel e chegar a território palestiniano.
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"Nenhuma das embarcações de provocação do Hamas/Sumud teve sucesso na tentativa de entrar numa zona de combate ativa ou de romper o bloqueio naval", afirmou, em comunicado, o ministério dos Negócios Estrangeiros.
"Um último barco desta provocação permanece à distância. Caso tente aproximar-se, será impedido", avisou.
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O Governo israelita acusa os participantes da flotilha de serem coniventes com o grupo extremista palestiniano Hamas, que considera como uma organização terrorista, daí a associação dos dois nomes.
Entre os membros detidos da flotilha estão três portugueses, a líder do Bloco de Esquerda, Mariana Mortágua, a atriz Sofia Aparício e o ativista Miguel Duarte.
Um quarto português, cujo nome ainda não foi divulgado, seguia também na flotilha, segundo anunciou o Ministério dos Negócios Estrangeiros em Lisboa.
Também foram detidos 30 espanhóis, 22 italianos, 21 turcos, 12 malaios, 11 tunisinos, 11 brasileiros e 10 franceses, bem como cidadãos dos Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha, México e Colômbia, entre muitos outros.
De acordo com a lei israelita, uma vez detidos, os membros da flotilha podem ser deportados 72 horas após a emissão da ordem. Podem também aceitar a expulsão voluntariamente, como aconteceu com quatro dos 12 ativistas a bordo de uma embarcação intercetada por Israel em junho.
Os organizadores da flotilha por Gaza denunciaram a falta de informação sobre o paradeiro de 443 participantes da missão humanitária. A missão classificou a operação de Israel como "novos atos de agressão contra civis desarmados" e afirmou que os voluntários foram "atacados com canhões de água" e "borrifados com água contaminada".