Israel continua a cercar cidade de Gaza e diz que regressar é "extremamente perigoso"
Israel advertiu que continua a cercar a cidade de Gaza, "para onde regressar é extremamente perigoso", depois de ter assinado com o Hamas um acordo para uma primeira fase do plano de paz.
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"A zona a norte de Wadi Gaza continua a ser considerada uma zona de combate perigosa", advertiu na rede social X o porta-voz das Forças de Defesa de Israel [IDF, na sigla inglesa] Avichay Adraee, alertando ainda os habitantes de Gaza para se manterem afastados do exército israelita.
"Para a vossa própria segurança, abstenham-se de regressar para norte ou de se aproximar das zonas onde as IDF estão estacionadas e a operar em qualquer ponto da Faixa, incluindo o sul e o leste da Faixa, até que sejam emitidas instruções oficiais", acrescentou.
Esta madrugada, ainda quarta-feira em Washington, o presidente norte-americano, Donald Trump, anunciou um primeiro acordo entre o Hamas e Israel para libertar todos os reféns e iniciar uma retirada delimitada das forças israelitas em Gaza.
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Já a Defesa Civil de Gaza deu conta de vários ataques israelitas ao enclave palestiniano, ocorridos já após o anúncio do acordo. "Foram relatadas várias explosões, nomeadamente no norte de Gaza", indicou um dos responsáveis, Mohammed Al-Mughayyir, referindo "ataques aéreos intensos sobre a cidade de Gaza".
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, convocou para quinta-feira uma reunião do Governo para ratificar o acordo.
Antes da declaração de Adraee, lia-se no canal oficial da plataforma Telegram das IDF que o exército "saúda a assinatura do acordo para o retorno dos reféns".
De acordo com o comunicado, o chefe do Estado-Maior de Israel, Eyal Zamir, deu instruções a todas as forças para "prepararem defesas sólidas e estarem prontas para qualquer cenário".
Zamir também deu as ordens para "liderar a operação de regresso dos reféns". "O movimento das forças será efetuado de acordo com as instruções da diretiva política", acrescentou.