Israel anunciou este sábado que se prepara para implementar "de forma imediata" em Gaza o plano de paz do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para libertar os reféns, "à luz da resposta do Hamas".
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Na sexta-feira, o movimento islamita palestiniano Hamas afirmou aceitar alguns elementos do plano de paz do presidente norte-americano, incluindo a libertação dos restantes reféns, querendo negociar outros.
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Em comunicado, o Hamas reiterou a abertura à transferência do poder para um órgão palestiniano politicamente independente e acrescentou estar pronto para negociações imediatas para discutir a libertação dos reféns, vivos e cadáveres.
A declaração não menciona o desarmamento do movimento, exigência israelita incluída na proposta de Trump.
Num comunicado, o gabinete do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, garantiu que continuará a trabalhar "em plena cooperação" com a Casa Branca "para pôr fim à guerra, de acordo com os princípios estabelecidos por Israel, que são consistentes com a visão de Trump para o fim da guerra".
Horas depois da resposta do Hamas, Trump afirmou que Israel deve suspender os ataques contra a Faixa de Gaza, dizendo que os militantes palestinianos "estão prontos para uma paz duradoura".
"Israel deve interromper imediatamente o bombardeamento de Gaza, para que possamos resgatar os reféns de forma segura e rápida!", adiantou o líder dos Estados Unidos, na rede social, que detém, a Truth Social.
A declaração do governo de Telavive não menciona o pedido do Presidente dos EUA.
O plano de Trump propõe um cessar-fogo, a libertação dos reféns em 72 horas e o desarmamento do Hamas, acompanhado de um esquema de reconstrução de Gaza com apoio internacional.
Em meados de setembro, Israel lançou uma ofensiva de larga escala no enclave palestiniano, com as operações concentradas na Cidade de Gaza, considerada por Telavive o último bastião do Hamas.
Os meios de comunicação palestinianos e a estação de televisão do Qatar Al Jazeera relataram que os ataques à Faixa de Gaza continuaram durante toda a noite de sexta-feira.
O porta-voz da Proteção Civil de Gaza publicou na plataforma de mensagens Telegram que a Cidade de Gaza estava a ser sujeita a "bombardeamentos impiedosos".