O presidente dos EUA, Donald Trump, fez um ultimato ao grupo islamita palestiniano Hamas até às 23 horas de domingo, hora de Portugal continental, para aceitar o seu plano de paz para Gaza, numa mensagem na rede Truth Social.
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Na mensagem, Trump avisa que se o acordo "de última hora" não for alcançado, "o caos instalar-se-á contra o Hamas como nunca antes", acrescentando que a maioria dos combatentes do movimento se encontra "cercada e militarmente encurralada" e poderão ser "rapidamente exterminados".
O presidente dos EUA apela também "a todos os palestinianos inocentes" para que abandonem "imediatamente esta área potencialmente mortal" rumo a zonas mais seguras, sem especificar a que áreas se referia.
O plano de Trump, divulgado na semana passada, propõe um cessar-fogo, a libertação dos reféns em 72 horas e o desarmamento do Hamas, acompanhado de um esquema de reconstrução de Gaza com apoio internacional.
Washington tem promovido a criação de uma "zona humanitária" em Al-Mawasi, na costa de Gaza, como destino sugerido para civis deslocados, sendo essa uma das alternativas evocadas nas redes e por responsáveis norte-americanos.
O próprio Hamas indicou recentemente que precisava de mais tempo para analisar a proposta, antes de o Presidente norte-americano publicar o ultimato.
Não houve até ao momento uma resposta pública definitiva do movimento sobre a nova data-limite anunciada por Trump.
A ameaça norte-americana ocorre num contexto de forte escalada na Faixa de Gaza: Israel lançou uma ofensiva de larga escala em meados de setembro, com as operações concentradas na Cidade de Gaza, considerada por Telavive o último bastião do Hamas.
Desde o início da guerra, em outubro de 2023, os confrontos já provocaram dezenas de milhares de mortos e um desastre humanitário que tem forçado cerca de dois milhões de residentes a deslocarem-se repetidamente dentro do enclave.