Israel vs ONU: a complicada relação que deixou Guterres no olho do furacão
O Governo israelita declarou esta quarta-feira o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, "persona non grata". A medida que proíbe o português de entrar no país do Médio Oriente é mais um capítulo na acalorada disputa entre Israel e a ONU.
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"Qualquer pessoa que não possa condenar inequivocamente o ataque hediondo do Irão a Israel não merece pôr os pés em solo israelita. Estamos a lidar com um secretário-geral anti-Israel, que apoia terroristas, violadores e assassinos”, denunciou o ministro dos Negócios Estrangeiros israelita, Israel Katz. O anúncio de Telavive ocorreu após Guterres, na sequência do ataque de mísseis lançado por Teerão, na terça-feira, ter condenado "o alargamento do conflito no Médio Oriente com escalada após escalada".
O ex-primeiro-ministro luso respondeu as acusações ainda na quarta-feira, dizendo que condenou a agressão iraniana de forma implícita. A União Europeia, Portugal, França, China e Rússia defenderam o secretário-geral, enquanto Washington classificou a decisão de Israel como "improdutiva".