O ministro da Defesa da Itália, Guido Crosetto, refutou acusações da Rússia de que os italianos fornecem minas antipessoais à Ucrânia, afirmando que são "completamente falsas, infundadas e gravemente difamatórias".
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"A Itália assinou o Tratado de Proibição de Minas (Tratado de Otava), em 3 de dezembro de 1997, e tornou-se Estado-parte do mesmo Tratado em 1º de outubro de 1999", recordou o ministro italiano.
O país "não produz sequer minas terrestres e não as fornece a nenhum país do mundo, incluindo a Ucrânia", sublinhou Guido Crosetto, refutando a acusação feita pela porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros russo, Maria Zakharova, num encontro diário com a imprensa na quarta-feira.
Além de acusar a Itália de fornecer este material bélico às tropas ucranianas, Zakharova, citada por agências de notícias internacionais, afirmou ainda que Roma não poderia mediar quaisquer conversações de paz entre Ucrânia e Rússia porque "tem uma posição inequívoca e muito agressiva" contra o governo russo.
O ministro da Defesa de Itália descreveu como "completamente falsas, infundadas e seriamente difamatórias" da honra do seu país as declarações da porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros russo.
A ofensiva militar russa sobre territórios ucranianos, lançada a 24 de fevereiro de 2022 e que ainda persiste, foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia, além de apoio financeiro e humanitário, e a imposição a Moscovo de sanções políticas e económicas sem precedentes.
A ofensiva militar causou a deslocação, dentro e para fora do país, de mais de 14 milhões de pessoas e, segundo a ONU, mais de 17,7 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.
A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 6.919 civis mortos e 11.075 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.