Continua a investigação para refazer os passos das três raparigas britânicas que fugiram de casa e viajarem, para a Síria. A polícia do Reino Unido calcula que cerca de 60 mulheres escolheram o Estado Islâmico.
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Novas imagens de videovigilância, divulgadas no domingo, identificaram, numa estação de autocarros em Istambul, as três raparigas britânicas que terão viajado para a Síria para integrar as fileiras jiadistas do Estado Islâmico (EI).
Shamima Begum, de 15 anos, Kadiza Sultana, de 16 anos, e Amira Abase, de 15 anos, fugiram de suas suas casas, em Londres, a 17 de fevereiro e embarcaram num voo com destino à cidade turca de Istambul.
A polícia britânica reconheceu, na semana passada, a forte probabilidade de as meninas já terem atravessado a fronteira turca com a Síria, apesar do apelo lançado pelas suas famílias para regressem a casa.
As imagens mostram as três jovens a entrar num terminal de autocarros na zona de Bayrampasa de Istambul, o lado europeu da cidade, depois de terem apanhado o metro do aeroporto.
O vídeo foi gravado nas primeiras horas de 18 de fevereiro, ou seja, menos de 24 horas depois de terem saído das suas casas no leste de Londres, dando indicações à família que iam passar o dia fora.
As três raparigas britânicas esperaram cerca de 18 horas no terminal, antes de apanharem o autocarro para a cidade turca de Sanliurfa, perto da fronteira com a Síria.
O jornal Aksam adiantou que a polícia turca está a tentar identificar os passageiros que ajudaram as raparigas a carregarem as bagagens.
Uma oficial sénior no combate ao terrorismo da Polícia Metropolitana de Londres, a vice-comissária Helen Ball, disse que cerca de 60 mulheres britânicas foram para a Síria. Do total, 22 foram dadas como certas na Síria pelas famílias, incluindo 18 que estavam na faixa etária dos 20 ou menos anos, adiantou. "Este é um problema crescente e motivo de preocupação real", afirmou Helen Ball à cadeia.
O fenómeno tem preocupado também no resto da Europa. Ontem, soube-se que as autoridades dinamarquesas colocaram um adolescente de 15 anos numa instituição de jovens para evitar que partisse para a Síria, pressionado pelo pai, noticiou hoje o diário Jyllands-Posten.