
Flávio Bolsonaro, senador pelo Rio de Janeiro, recebeu "missão" do pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro, preso por tentativa de golpe de Estado.
Foto: Pablo Porciúncula / AFP
O senador brasileiro Flávio Bolsonaro anunciou hoje que vai candidatar-se à presidência brasileira em 2026 seguindo uma decisão do seu pai, o ex-presidente que foi condenado e cumpre pena de prisão por golpe de Estado.
"É com grande responsabilidade que confirmo a decisão da maior liderança política e moral do Brasil, Jair Messias Bolsonaro, de me conferir a missão de dar continuidade ao nosso projeto de nação", escreveu nas redes sociais Flávio Bolsonaro.
É com grande responsabilidade que confirmo a decisão da maior liderança política e moral do Brasil, Jair Messias Bolsonaro, de me conferir a missão de dar continuidade ao nosso projeto de nação.
- Flavio Bolsonaro (@FlavioBolsonaro) December 5, 2025
Eu não posso, e não vou, me conformar ao ver o nosso país caminhar por um tempo de... pic.twitter.com/vBvHS7M0hJ
O senador brasileiro, o filho mais velho do ex-presidente brasileiro, tem assumido o papel de porta-voz da família após a condenação do pai e pelo facto de o irmão, o deputado Eduardo, se encontrar nos Estados Unidos, onde faz 'obby em prol do pai, e de estar também envolvido em processos judiciais.
No mesmo texto, Flávio Bolsonaro garantiu que não podia ficar conformado ao ver o Brasil "caminhar por um tempo de instabilidade, insegurança e desânimo". "O nosso país vive dias difíceis, em que muitos se sentem abandonados", acrescentou.
Nas eleições de outubro de 2026, enfrentará o atual presidente brasileiro, Lula da Silva, para disputar um mandato de quatro anos que terá início em 5 janeiro de 2027.
A sua escolha como candidato dissipa as dúvidas que tinham surgido na Direita após a inabilitação política do seu pai, por ter cometido crimes eleitorais em 2022, e a sua posterior condenação por liderar uma tentativa de golpe de Estado para tentar manter-se no poder após a derrota nas eleições desse ano.
Flávio é um firme defensor de um projeto de lei que propõe amnistiar os envolvidos no golpe de Estado, incluindo o seu pai, um projeto que está há meses estagnado no Legislativo por falta de apoio político.
