O governo do Japão está a investigar o alegado rapto de um jornalista japonês na Síria por um grupo armado, depois de dois repórteres nipónicos terem sido decapitados no início do ano.
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A organização internacional Repórteres Sem Fronteiras (RSF) disse que Jumpei Yasuda, um jornalista freelance foi raptado em julho quando atravessou a fronteira do país e que continuava desde então refém do grupo, cujo nome não foi revelado.
Questionado sobre o assunto num encontro com a imprensa, o ministro porta-voz do Executivo nipónico, Yoshihide Suga, escusou-se a confirmar a informação, mas sublinhou que o governo tinha o dever de garantir a segurança dos cidadãos japoneses e que estava a recorrer a vários canais, sem, contudo, avançar detalhes.
No início deste mês, o primeiro-ministro nipónico, Shinzo Abe, criou uma nova unidade para recolher e analisar informação sobre o terrorismo global focada em quatro áreas, incluindo o Médio Oriente.
A RSF disse na terça-feira que o grupo armado tinha começado uma contagem decrescente para o pagamento de um resgate pela libertação de Jumpei Yasuda, "sob pena de o executarem ou vender para outro grupo terrorista".
Num vídeo divulgado em janeiro, militantes do grupo radical Estado Islâmico disseram que tinham decapitado o jornalista nipónico Kenji Goto, uma semana depois de o grupo também ter reivindicado a responsabilidade pela morte do também nipónico empresário Haruna Yukawa.