Os jiadistas do grupo Estado Islâmico apoderaram-se esta quarta-feira do norte da cidade histórica de Palmyra, na Síria.
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Após várias horas de luta violenta, "combatentes do EI tomaram posse de partes do norte da cidade, que representam um terço de Palmyra", disse o diretor do OSDH, Rami Abdel Rahman, adiantando que "as forças do regime abandonaram aqueles bairros".
As ruínas de Palmyra classificadas de Património Mundial pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), que incluem templos e ruas ladeadas de colunas, situam-se no sudoeste da cidade.
Segundo a televisão estatal síria, "as forças armadas atingiram grupos de terroristas do EI no norte de Palmyra e impediram a sua infiltração a partir de áreas no norte da cidade".
Trata-se da segunda vez que o grupo radical ocupa o norte de Palmyra, depois de dia 13 ter lançado uma ofensiva contra a cidade, que já causou centenas de mortos. Os mesmos bairros foram conquistados no sábado, mas estiveram na posse do EI menos de 24 horas.
Mohammad, um ativista de Palmyra, disse à agência France Presse que "os soldados do regime fugiram depois do EI ter ocupado o edifício da segurança do Estado" na zona norte da cidade.
"Eles dirigiram-se para a sede dos serviços de informação militares perto das ruínas", adiantou.
A UNESCO tem alertado para o risco que correm as ruínas de Palmyra desde o início da ofensiva jiadista, depois do EI ter destruído tesouros arqueológicos no Iraque.
A cidade com mais de 2.000 anos tem grande importância estratégica para o grupo radical, estando situada no grande deserto sírio limítrofe da província iraquiana de Al-Anbar, que o EI já controla em grande parte.